Friday, May 4, 2007

O Nosso Plano de Actividades


Nesta primeira fase do nosso trabalho apenas apresentaremos o Plano do Projecto. Sendo assim, focalizaremos primeiramente o público-alvo que irá incidir o nosso projecto e seguidamente iremos expor os objectivos e actividades a implementar.
Deste modo, este projecto irá abranger famílias monoparentais, contempladas na medida de RSI (Rendimento Social de Inserção) e com PI (Plano de Inserção).
Apesar de cada família ser única, possuindo problemáticas específicas, poderemos dizer que, de um modo geral e, após o diagnóstico de necessidades realizado, estas são famílias desfavorecidas aos mais diversos níveis – económico, social, cultural - cuja capacidade de procurar respostas aos seus problemas são extremamente reduzidas. Isto deve-se a um conjunto de variáveis que se interligam entre si como qualificações escolares e profissionais muito baixas, sendo numa delas inexistente, uma auto-imagem depreciada, falta de informação, acomodação à escassez de oportunidades, falta de motivação, fraca capacidade de mobilização, etc.. São pessoas que visivelmente vivem num registo de precariedade e instabilidade permanentes.
Pelo que foi possível constatar os problemas com que estas famílias se deparam são diversos, nomeadamente o desemprego como denominador comum, em alguns casos verifica-se um fraco relacionamento com os filhos, falta de motivação, baixa auto-estima, entre outros.
Por todas estas problemáticas constatadas por nós decidimos então introduzir os seguintes objectivos:

1. Promover uma maior mobilidade de acção, contribuindo deste modo para o desenvolvimento do sentido de participação e de autonomia das famílias;Promover o bem-estar das famílias;
2. Reforçar a ligação das famílias com a comunidade;
3. Promover competências para a valorização pessoal e social, tendo em atenção o elevar da sua auto-estima, através de um procedimento participativo e criativo.

Numa outra fase do plano/projecto centraríamos a nossa atenção para alcançar os seguintes objectivos:

1. Incutir e incentivar práticas de literacia;
2. Promover actividades de forma a criar uma maior socialização entre os utentes, onde aqueles que sabem ler e escrever serão um pouco formadores daqueles que não o sabem;
3. A elaboração de um dossier individual, onde irá constar todas as actividades em que cada utente participou.

Para conseguir que estes objectivos sejam alcançados, optamos por pôr em prática as seguintes actividades:

1. Dinamização de um atelier de motivação, onde pretendemos criar um espaço aberto ao diálogo, à reflexão, onde se possa discutir os problemas, partilhar os medos, ansiedades, interrogações e desafios;
2. Elevação da auto-estima a partir de um procedimento participativo e criativo, através de exemplos práticos;
3. Motivação para a leitura através da leitura de jornais, revistas, livros;
4. Realização de trabalhos manuais, nomeadamente, pintura, desenho, etc;
5. Elaboração de reflexões individuais através de imagens recortadas de revistas e/ou jornais;
6. Descrição de experiências significativas/histórias de vida.

Uma sociedade em costante mutação e suas possíveis consequências!


Para decidirmos sobre o tema do nosso projecto começamos por fazer uma pesquisa e “avaliação” inicial do contexto, de forma a verificar que tipo de projecto seria interessante e importante desenvolver nesta comunidade. O que mais nos inquietou e nos levou a elaborar um projecto/programa de animação deste âmbito, foi o facto de estes serem problemas com os quais vivemos diariamente(exclusão social, drogas «alcoolismo e toxicodependência», violência doméstica e pobreza) e sobre os quais existe muita informação, dado fazerem parte, e cada vez mais, da realidade de hoje. Sendo, por isso, aspectos que achamos importantes trabalhar, pois por mais esforços que se façam e por mais acompanhamento que se faça a estas famílias, não chega, é preciso criar novos planos de intervenção, é necessário acompanhar “todos” os passos destas famílias de forma a poder ajudá-las na maior dimensão possível.
Está bem patente o facto de que a cidade de Braga é uma das maiores do país e, também, é uma cidade que conhece graves situações de pobreza, drogas, violência doméstica e exclusão social. Porém, se estendermos o olhar sobre o concelho, tal imagem ainda é mais marcada e visível quando contrasta com outra Braga rica e luxuosa. Não só do ponto de vista económico, como do ponto de vista social, estamos perante uma dualidade, em que de um lado encontramos um nível de vida de riqueza e de um outro lado sinais de exclusão social. Basta vaguearmos por alguns locais/bairros da cidade e encontramos estes problemas bem patentes nos dias de hoje e por mais que não queiramos ver, eles, os problemas, continuam lá, não deixam de existir quando fechamos os nossos olhos porque não os queremos ver, ou enfrentar. Este é um problema, é uma realidade que precisa ser trabalhada e moldada, com vista à (re)inserção social.
Para identificarmos o problema foi apenas necessário olhar para estas comunidades/famílias, pensar nelas e pensar em facultar-lhes o bem-estar.

Caracterização/descrição das Instituições (Centro Distrital de Segurança Social, Bogalha e Cruz Vermelha)

Centro Regional da Segurança Social de Braga – Acção Social
Esta área tem um papel importante e imprescindível a desempenhar numa sociedade cuja evolução deu origem, não só a novos modos de vida e a novas necessidades como a contextos marcados por fenómenos de polarização espacial e social.
Por estas razões a Acção Social está confrontada com uma nova e crescente procura de respostas e apoio social aos indivíduos e famílias e está, também, confrontada com a necessidade de prevenir a exclusão social.
Assim, ao implementar a medida de RSI (Rendimento Social de Inserção) que outrora era denominado de RMG (Rendimento Mínimo Garantido), houve a necessidade de estabelecer protocolos com Instituições Particulares de Solidariedade Social. Apenas foi possível formar duas equipas (constituídas por um psicólogo, um assistente social e um educador social) para desenvolver este trabalho: uma na freguesia de S. Victor, sendo o trabalho realizado na Bogalha e outra na freguesia de S. Lázaro, cujo trabalho é efectuado na Cruz Vermelha, uma vez que são as freguesias com maior número de habitantes e de casos problemáticos.
Relativamente à freguesia de S. Victor, podemos dizer que é a maior do concelho em densidade populacional. Foi-nos dito numa das reuniões que os problemas sociais mais graves são: a droga, roubos/violência, pobreza e desemprego…

Associação Juvenil “A Bogalha”
É uma Instituição Particular de Solidariedade Social, com estatuto de utilidade pública. Tem actualmente como valências:

  • Creche
  • Jardim-de-infância
  • ATL
  • Centro de Dia
  • Centro de Convívio
  • Serviço de Acção Social, onde está também enquadrada a medida no âmbito do RSI.

O seu funcionamento teve início a 03 de Junho de 1986, localizada, inicialmente na Avenida 31 de Janeiro (1986/1988). Actualmente, em novas instalações edificadas de raiz na Rua Álvaro Dória, nº 33, desta freguesia do conselho de Braga.
Esta Instituição pretende afigurar-se como espaço onde cada pessoa possa colocar, ao serviço dos outros as suas potencialidades, para que todos, em interacção, possam usufruir do apoio que necessitam realizando-se como pessoas.

Cruz Vermelha Portuguesa
Ao procurarmos documentação na Delegação desta instituição, verificamos que é manifestamente escassa. Porém, podemos concluir que o movimento para a formação da Subcomissão de Braga teve origem em 30 de Outubro de 1870.
A Cruz Vermelha é uma Instituição Universal que acolhe no seu seio todas as Sociedades Nacionais, com iguais direitos e o dever de entreajuda.
Tem como valências:

  • Creche;
  • C.A.T. (Centro de Acolhimento Temporário);
  • A.T.L. (Actividades de Tempos Livres);
  • Equipa de Intervenção Social;
  • Equipa de Rua;
  • C.I.R. (Centro de Informações e Recursos);
  • C.L.A.I. (Centro Local de Apoio ao Imigrante);
  • Serviço de Acção Social, onde está também enquadrada a medida no âmbito do RSI.

A sua preocupação central é a causa do Ser Humano e a sua actuação destina-se a proteger a vida, a saúde e a fazer respeitar a pessoa humana, a sua eminente dignidade e os direitos daí decorrentes, particularmente, em situações de conflito em que mais facilmente o ser humano é vulnerável a atropelos e injustiças.

Um novo despertar...


Este projecto/programa visa uma vertente sócio-cultural, uma vez que foi pensado para colmatar alguns problemas reais e vividos na nossa sociedade, tendo em conta que vivemos num mundo em constante mutação social. As pressões sociais, económicas e políticas de uma sociedade em constante mutação produzem efeitos maléficos, principalmente em relação à qualidade de vida e ao acesso generalizado de todos os bens e serviços. Contudo, a privação destes resulta na produção e reprodução de efeitos perversos. Os fenómenos da exclusão social, da pobreza, das drogas (toxicodependência e alcoolismo) e da violência doméstica são exemplo disso mesmo. A melhoria das condições de vida e de integração dos grupos sociais mais atingidos pelos problemas anteriormente assinalados é, na actualidade uma das grandes preocupações da sociedade e, neste caso, também é nossa.
Assim sendo, pressupõe que as famílias se auto-responsabilizem pela sua aprendizagem, isto é, que se sintam motivadas e se tornem autónomas. Um dos grandes objectivos deste projecto prende-se com a criação de um espaço destinado ao desenvolvimento de actividades que facultem às famílias o gosto de viver e a vontade de se inserirem socialmente, sendo este o grande passo a dar para a inclusão social. Um trabalho desta natureza revela-se como uma boa forma de motivar as famílias, quer na ligação da família à comunidade, quer para a aquisição de competências e para a valorização pessoal e social, responsabilidade e autonomia das famílias assim como para outro tipo de actividades, proporcionando deste modo, um espaço aberto ao diálogo, à reflexão, onde os membros das famílias possam discutir os seus problemas, partilhar os seus medos, interrogações e desejos.
Hoje, os indivíduos têm que manter e ter uma abertura e adaptabilidade às realidades envolventes e há que proporcionar, ao longo da vida, os meios, pois caminhar no sentido da autonomia, de cada um desenvolver um espaço seu na sociedade actual, é um dos objectivos do nosso projecto.

Thursday, April 26, 2007

"Despertar para mudar...Motivar para integrar"

O nosso plano de animação inscreve-se no âmbito da Unidade Curricular, Animação Socioeducativa e Intervenção Comunitária da Licenciatura em Educação na área de Educação de Adultos e Intervenção Comunitária. Este projecto que se intitula “Despertar para mudar... Motivar para integrar” visa trabalhar com famílias monoparentais, tendo como público alvo mulheres que estão desempregadas, no sentido de desenvolver nelas maiores capacidades cognitivas e maior mobilidade de acção, fazer com que se auto-responsabilizem pela sua aprendizagem, que se sintam motivadas e se tornem autónomas.
Um dos grandes objectivos deste projecto prende-se com a criação de um espaço destinado ao desenvolvimento de actividades que facultem às famílias o gosto de viver e a vontade de se inserirem socialmente, sendo este o grande passo a dar para a inclusão social.

Saturday, April 14, 2007

Democracia e Cultura


O ser humano é essencialmente cultural. Ele nasce, vive e morre imerso numa determinada cultura, com o seu modo de viver, a sua língua, os rituais, as instituições, os conhecimentos e valores próprios. Por isso, ele vê o mundo a partir da sua própria cultura.
Os conceitos de democratização cultural e de democracia cultural não são divergentes, constituem vertentes complementares que devem integrar, cada vez mais, as políticas culturais locais.
No conceito de cultura descendente ou democratização da cultura, a cultura é um património que se deve conservar e difundir, mas cuja produção está nos sectores socialmente minoritários. Democratiza-se o consumo cultural, mas a criação artística continua “elitista”.
Uma das formas de democratizar a cultura é ampliar o acesso aos bens culturais universais, já existentes, permitindo que as pessoas construam o seu modo próprio de ser e de participar na comunidade e na sociedade como um todo. Ampliar a distribuição e a compreensão da produção cultural, em vez de adaptá-la ou facilitá-la, enfraquecendo-a, permite que nós nos apropriemos de instrumentos de expressão e possamos construir uma consciência crítica diante do mundo em que vivemos. Mas este acesso à cultura envolve vários aspectos, tais como: o acesso físico, o acesso económico e o acesso intelectual. É necessário fazer com que todas as pessoas tenham a possibilidade de ter acesso à cultura. Dar primazia ao desenvolvimento e à cultura é, antes de mais, defender a democracia e a cidadania enfatizando a dimensão cultural, ou seja, o desenvolvimento da criatividade e o incremento da inovação. É situarmo-nos na igualdade de oportunidades, é facultar a expressão cultural, criar espaços culturais, facilitar o conhecimento das várias linguagens e torná-las acessíveis a todos, no fundo é reforçar as relações interculturais. A democratização da cultura é a difusão de produtos e a massificação da cultura, enquanto que trabalhar com base na democracia cultural é intervir, “dar” voz, é alargar o conceito de “Mundo” e de existência. Por isso é urgente pensar em traçar, a curto prazo, planos estratégicos de desenvolvimento cultural.

Thursday, April 5, 2007

Já é Páscoa?!?


Uma óptima Páscoa (para os adeptos, é claro!) é o que vos desejamos.

Mas atenção: cuidado com os excessos!!


Passem bem!

Curiosidades!


Caras colegas e caro colega!
Porque temos estado a pesquisar sobre o papel ou o perfil do animador, gostariamos de vos convidar a entrar neste blog (caso ainda não tenham por lá passado) para conhecerem opiniões e saberem um pouquinho do que se pensa (alguns) sobre o que é o animador.
Apropriamo-nos desta definição porque entendemos que resume de forma simples e objectiva o que é o animador sociocultural (isto é apenas para aguçar a vossa curiosidades!):

"No fundo, é isso que é um animador sociocultural, alguém que para além de mostrar e relacionar, incentiva a descoberta e a participação, consequentemente proporcionando a aprendizagem e a evolução."

Thursday, March 29, 2007

O perfil do animador social!!

É complicado fazer uma única definição do perfil do animador social, visto que este não tem um perfil perfeitamente delineado. Para referir o perfil do animador é preciso ter em conta as diferentes classificações que lhe são atribuídas, ou seja, este pode ser visto como um animador generalista e/ou animador especializado. Quanto ao primeiro pode dizer-se que é alguém possuidor de capacidades e competências organizacionais que lhe faculta a coordenação de actividades numa equipa, de um centro, de uma instituição, entre outros. O animador especializado é aquele que pelas suas competências de formação está destinado e capacitado a trabalhar com um determinado grupo, como por exemplo: grupos que envolvam pessoas da mesma idade.
Relativamente a este assunto podemos encontrar ainda outras propostas de definição do mesmo perfil, tais como: o facto do animador ser de certo modo um irradiador de cultura e desenvolvimento crítico; o animador como monitor que tem como objectivo o desenvolvimento por via da representação pessoal; o animador de grupo tal como o nome indica trabalha com dentro de um grupo, atendendo às dificuldades, problemas, necessidades desse mesmo grupo; o animador coordenador está ligado a uma instituição e tem a função de coordenar as actividades ali desenvolvida.
Tendo em conta que a animação socioeducativa/sociocultual abrange várias áreas de intervenção, o animador tem também ele mesmo várias áreas de intervenção, logo a sua definição vai ser também muito vaga. Seguindo este fio condutor ligado à acção cultural temos o animador que se dedica essencialmente aos acontecimentos e actividades culturais; o animador que envolve as suas actividades ao extra-escolar está ligado à actividade de formação, por fim o animador que tem como objectivos as causas sociais está presente na animação/acção social.
O perfil do animador devido à sua especificidade e identidade tem a tendência a ser confundida com outras áreas de intervenção muito parecidas, isto é, pela animação ser uma área que muitas outras áreas trabalham vai dificultar na sua definição, assim como na definição do perfil do animador. Na nossa opinião não existe um perfil determinado ou desenhado para os animadores, visto ser uma área muito complexa e muito abrangente por outras.
Contudo, queremos dizer que o animador é o pilar central de toda a actividade da animação, uma vez que é ele quem assume a responsabilidade de promover a vida do grupo, dinamizando deste modo as vidas dos “animandos”. Para que o animador possa desempenhar da melhor maneira as suas funções que lhes estão determinadas devem ter em conta o ser, o saber e o saber-fazer, isto é, ele deve ter em conta a sua identidade, os conhecimentos que possui, que pode e deve partilhar e, claro ter em atenção os métodos que irá utilizar para atingir os seus objectivos através das actividades predefinidas. O animador é o indivíduo que deve promover da melhor forma a o bem-estar, o conhecimento, a responsabilidade, a autonomia, o sentido crítico da vida e de tudo o que a envolve.

Ander-Egg, (2000). Metodologia y Práctica de la Animacion Sociocultural. Madrid:EditorialCCS

Saturday, March 24, 2007

As diferentes perspectivas da Educação



Caras e caros colegas e interessados!


Como sabem o conceito de Educação é um conceito polissémico, ou seja, está revestido de várias formas. A verdade é que desde que nascemos somos educados, por isso, a Educação está presente em nós, ela faz parte das nossas vidas. Ela encontra-se nas escolas, no seio familiar, na rua, no café, no simples acdto de conversar com o nosso grupo de amigos...enfim, educamo-nos e somos educados a cada momento que passa! A educação "... é um dos requisitos fundamentais para que os indivíduos tenham acesso ao conjunto de bens e seviços da sociedade. Ela é um direito de todo o ser humano como condição necessária para ele usufruir de outros direitos constituídos numa sociedade democrática." (GADOTTI, Moacir, 2005)
Seguindo esta linha de pensamento pode dizer-se que existem diversos contextos em que somos abraçadas(os) por ela, isto é, existe o contexto formal e não formal, por isso, se fala em Educação formal; Educação não formal e Educação informal.
A educação formal está ligada à escola em que esta se rege por um sistema burocrático, hierarquizado, manipulador e castrador, onde os professores ensinam os alunos seguindo à risca um currículo. Este último tem como característica a sua homogeneidade, uma vez que só leva em linha de conta um tipo de aluno, que se distingue dos outros por ser caracterizado a todos os níveis (social, cultural, económico, familiar, etc.) como sendo o tipo de aluno ideal, deixando de parte os alunos que não se enquadram neste ideal de aluno. Assim sendo, os professores só têm a preocupação em fazer o que o Ministério da Educação lhes impõe através do currículo, não atendendo em qualquer momento às necessidades dos alunos.
Torna-se, então, inerente o desenvolver de um olhar crítico sobre a instituição escolar, tendo como finalidade ver o quanto é importante explorar o conceito de experiência e esta em si mesma, averiguando-se que as actividades realizadas fora da escola e, portanto, do contexto de sala de aula conduzirão à apropriação de progressos nas aprendizagens dos alunos, ajudando-os de certa forma a conseguir obter melhores resultados.
Seguindo este fio condutor, a educação não formal e a educação informal aparecem como complemento, ou melhor serão mais do que um simples complemento da educação escolar, ou seja, à educação formal. A educação não formal tem um papel importantíssimo na educação e aprendizagens das crianças, funcionando como um espaço alternativo e/ou complementar à escola. Deste modo, pode dizer-se que é uma forma de educação para a vida, onde temos a oportunidade de melhor nos conhecermos a nós próprios e aos outros, desenvolvendo a capacidade de procura de conhecimento para alcançar o saber, assim sendo vai completando a acção da escola e da família colmatando as lacunas deixadas por estas últimas. A educação não formal tem como ponto fulcral o aprender fazendo de forma a incrementar uma educação global, isto é, tanto físico, como psicológico, com o intuito de preparar para viverem de forma activa, participando nas decisões que envolvem toda a sociedade. Não querendo deixar de parte a educação informal, esta é também muito importante, esta é uma aprendizagem ao longo da vida, aprendemos em todas as situações porque passamos com a família, com os vizinhos, com a sociedade, ou seja, com tudo o que nos rodeia, enriquecendo de forma permanente os nossos conhecimentos. Todos nós somos portadores de saberes e competências, adquiridas ao longo do tempo.

Thursday, March 15, 2007

Contextualizando

"A animação sociocultural" aparece e desenvolve-se como forma de intervenção social, nos anos 60 em França. Segundo este autor não há uma data precisa para assinalar o surgimento de qualquer tipo de intervenção social neste âmbito.
A emergência da animação institucionalizada, assim como os programas de animação desenvolvem-se principalmente nas cidades de rápido crescimento: o grande desenvolvimento da tecnologia comunicacional provocou transformções ao nivel das industrias culturais, no modo de difundir a cultura e no impacto na vida das pessoas.
Portanto, todas estas transformações sociais deram origem aos primeiros programas de animação que focalizaram a atenção nas consequências que derivaram da desestruturação da vida social. Este autor aponta duas novas situações que começam a produzir efeitos e a necessitar de novas respostas: por um lado, o aumento do tempo-livre e como consequência a preocupação por ocupá-lo de forma creativa; por outro lado, a situação de desenraizamento, de marginalidade e de exclusão social que se foram produzindo nas novas cidades. De todos estes problemas, diz o autor, que o primeiro motivo de preocupação foi ocupar o tempo-livre de modo que este sirva para o crescimento das pessoas e dos grupos.
Deste modo, um dos objectivos básicos da animação sociocultural tem sido precisamente o de criar espaços de encontros e de relações que permitam formar um tecido social que facilitem as relações interpessoais e de comunicação, de forma a que esta cultura do tempo-livre seja uma cultura de qualidade da vida quotidiana: fazer com que as pessoas vivam com mais alegria, dando maior significado à sua existência e aproveitando o tempo-livre. Para isto, de acordo com este texto, procurou-se desenvolver uma estratégia de acção sócio-pedagógica onde estes aspectos estejam incluídos: transformar uma cultura de tempo-livre onde as pessoas são espectadores/consumidores, por uma cultura onde as pessoas serão participantes/actores em toda a sua vida pessoal e social e que o tempo-livre sirva para a participação, a auto-realização pessoal e a formação de valores sociais e estéticos.
Fundamentalmente, estes são os problemas que estão no cerne do nascimento da problemática da animação.
ANDER-EGG, Ezequiel (s/d). Metodología y Práctica De La Animación Sociocultural. Escuela de Animación. Editorial CCS.

Quem somos?

Olá!
Somos um grupo de alunas do 3ºano da Licenciatura em Educação, da Universidade do Minho. Estamos integradas na área de Educação de Adultos e Intervenção Comunitária e este Blog surge na Unidade Curricular de Animação Socioeducativa e Intervenção Comunitária, com objectivo de dar o nosso contributo acerca de assuntos sobre esta Unidade. Mais importante ainda é que todos aqueles que têm acesso a este Blog dêem a sua opinião, de forma a podermos partilhar conhecimentos, experiências e ainda acatar novas ideias.
Contamos com a vossa colaboração!!